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Atividades De Sala De Aula De Arrepiar

Por que geralmente crianças e alguns adultos tem medo do escuro? Por receio de que algum monstro ou bichos como aranha, cobras venham morder e eles não estão vendo essas coisas estranhas se aproximarem para correrem e fugirem. Ou seja, o medo vem do desconhecido e partir disso a inferência de que algo irá ou pode pegá-los. No entanto, neste dia das bruxas, não vamos deixar os alunos assustados e preparem um atividade divertida que pode envolver todas as salas de aula de sua escola e ainda deixar seus alunos craques em interpretação textual/oral.

Inferir que algo no escuro irá fazer mal é, basicamente, entender o momento, ou seja, a falta do recurso visual e pensar que se algo de ruim que existe no mundo tiver a oportunidade de chegar perto, isso poderá acontecer e acarretar em algo que pode prejudicar. Todo esse procedimento só é possível se a criança tiver o conhecimento, por exemplo, de que aranhas são animais que podem picar e ter venenos, portanto o conhecimento do mundo é importante pra que haja a formação do pressuposto. Esse tipo de interpretação é muito importante, também, na aquisição de uma língua estrangeira. No caso do inglês americano, os alunos que conseguem desenvolver o entendimento de pressupostos da língua acabam carregando com eles uma bagagem cultural bem forte que facilita o entendimento da língua ensinada. Por exemplo, inferência pode ser um trick quando alunos acreditam que todos os verbos são regulares e os inflexionam com a terminação -ed no passado. Porém pode ser um treat se pensarmos que o aluno assimilou e aprendeu como se utilizar o tempo passado da língua inglesa.

Para se trabalhar essa habilidade de maneira expandida, o professor pode desenvolver uma atividade horripilante em que a interpretação oral, mais facilitada por geralmente trazer recursos como gestos, linguagem corporal, etc, e a textual sejam exploradas. Para se trabalhar alguns adjetivos o professor pode selecionar por exemplo scary, crazy, horrible, freaky, haunted, mysterious, para apresentar pra sala utilizando, como sugestão, alguns personagens da Turma do Penadinho, criado por Maurício de Souza. Para uma turma um pouco mais madura, as revistas em quadrinhos do título Spawn são bem legais pra essa atividade também. Assim que os alunos estiverem bem confortáveis com as novas palavras, separe-os em trios e entregue frases (adaptadas quando necessário) de algumas obras assustadoras. Claro que estou falando de Edgar Alan Poe, gênio do assombrado. Peça que o trio explique, em no máximo 3 linhas, o motivo de aquela frase ser scary, mysterious, etc, “forçando” o uso dos adjetivos, ou seja, nessa proposta trabalha-se a consolidação do entendimento do grupo de palavras adjetivo e também pratica-se a interpretação textual, amplamente requisitada para exames de vestibular e pelo ENEM.

Mas como o ensino de língua é algo a ser externalizado, a performance dos alunos pode ser realizada através de um projeto que envolve todas as turmas da sua escola, professor. Na parte prática dentro da sala, os alunos utilizaram seu conhecimento de mundo para fazer inferências e pressuposições. Nada mais justo que incluir um pouco de cultura estrangeira para ampliar o “GPS” interno dos alunos através do famoso trick or treat em que os alunos se fantasiem e saiam pedindo doces por toda escola. Sugiro duas opções: levar alguns modelos de máscaras relacionadas ao halloween, fazer com que os alunos as usem ou, se a escola tiver um budget legal, a empresa Wintercroft confecciona máscaras bem spooky em 3D. Exatamente, ela utiliza a tecnologia de impressão em 3D e oferece modelos de máscaras por 7,45 dólares que valem muito a pena caso ainda exista um pouco de “candies” no orçamento.  Com os alunos devidamente fantasiados, hora de bater de porta em porta das salas e pedindo doces aos professores, mas para ganhá-los os alunos devem responder a pergunta dos professores “who are you?” utilizando os adjetivos aprendidos.